Na Câmara, diretor da Santa Casa faz o balanço de um ano da intervenção judicial na instituição
Na última segunda-feira, dia 11 de setembro, a Câmara recebeu o diretor da Santa Casa de Arcos, Carlos Magno Rodrigues, para falar sobre os trabalhos que foram desenvolvidos na instituição após o início da intervenção judicial que já dura um ano. Em seu discurso, ele abordou as principais despesas, receitas e metas do hospital e os resultados obtidos no período.
Segundo ele, “desde que a gente começou a intervenção judicial, o principal processo que a gente fez foi a questão do diagnóstico situacional da instituição. Dentro dele eu encontrei algumas fragilidades no hospital e nós estamos elaborando alguns projetos para desenvolver isso. A gente pode citar, por exemplo, o orçamento anual. Quando a gente iniciou lá na Santa Casa não tínhamos ainda um orçamento anual, ou seja, a gente não sabia onde nós estávamos e onde a gente queria ir”. Com os dados obtidos foi possível realizar ações de redução dos custos e aumento de receita. Ainda assim, o déficit mensal gira em torno de 290 mil reais. De acordo com Carlos Magno, sem a subvenção municipal esse déficit seria de mais de 400 mil reais.
Ainda assim, houve um aumento de 67,8% no percentual total de procedimentos cirúrgicos realizados pela instituição em 2023, em relação ao período de janeiro a agosto do ano passado. As cirurgias realizadas através do SUS aumentaram em 132,18% no mesmo intervalo. Segundo ele, com esta série histórica de procedimentos clínicos e cirúrgicos, a Santa Casa de Arcos tornou-se elegível para programas de incentivo do Ministério da Saúde e houve um aumento do valor contratualizado junto ao SUS.
Ainda segundo Carlos Magno, entre os principais avanços do último ano estão a abertura do novo bloco cirúrgico, da Maternidade/Pediatria e da Central de Material Esterilizado - CME, a aquisição e instalação do sistema de ar condicionado, de equipamentos para o bloco cirúrgico e da usina fotovoltaica, que está sendo finalizada. A melhoria da acessibilidade da instituição e a reforma das enfermarias do SUS são os próximos projetos da instituição.
Os vereadores Ronaldo Ribeiro (Agir36), Laerte Mateus - Letinho (Agir36), João Paulo Ferreira - Joãozinho (Cidadania), Carlos Antônio da Silva - Carlinhos (MDB), José Calixto da Fonseca (Cidadania) e o presidente Ademar de Medeiros - Sorriso (Avante) fizeram várias perguntas ao diretor e a Ivan Fontes, provedor da instituição e representante da ACE/CDL na comissão interventora. Entre os assuntos abordados estavam o pagamento do piso salarial da enfermagem, soluções para diminuição do déficit a longo prazo, o número de médicos no hospital após o início da Intervenção Judicial, os equipamentos do CTI - Covid e a prestação de contas.
“Hoje, na atual conjuntura que a gente está, é inimaginável pensar Arcos sem a Santa Casa. Aquele que não defende a Santa Casa não conhece a dependência que o município tem, principalmente em internação de SUS”, afirmou o vereador Ronaldo Ribeiro. Para José Calixto da Fonseca, representante do Legislativo Municipal na comissão interventora, “tudo que a gente puder ajudar aqui na Câmara e estar fazendo em prol da Santa Casa, a gente está ajudando é a população. Então eu convoco meus pares para a gente estar ajudando nesse sentido para 2024”.